terça-feira, 27 de setembro de 2011

do amor ao ódio

Do amor ao ódio vai um passo São tão próximos, tão vizinhos da paixão… Um é reflexo do outro e de permeio, nas sombras que ambos ocultam, vive o mundo dos seus encontros, o mar dos seus desencontros. Ignoram que para além das suas fronteiras outros amores e ódios existem, outras fingidas indiferenças, arrebatamentos e súplicas de desenganos. Revejo nos outros uma pálida imagem de mim, o quanto baste para me prender de amor e ódio, para com o coração soltar e com ele me prender… Assim em mim, assim nos mundos que percorro em busca de um infinito que sei inexistente. Tudo se esgota, num suspiro, num sufoco, num voo desordenado… tanto faz. Agora existo e isso basta, basta a quietude do silêncio que me invade o espaço e vem de uma porta que ainda não transpus, misturado, compassado, como o Aleph, esse ponto cardeal do absoluto…

Sem comentários:

Enviar um comentário