quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Solidariedade à Força


Hoje cumpre-se o centésimo dia de governação Ali Baba.
Desengane-se quem pensa que Ali Baba é assim a modos que um Robin Hood das arábias, nada disso!
Ali Baba é um tipo perigoso, sem cervical, que desfruta do acaso para se apropriar do que lhe não pertence.
Foi assim com a gruta dos quarenta ladrões em que ouviu inadvertidamente o signo mágico do Abre-te Sésamo, foi também assim no assalto ao governo deste país em que se apropriou da palavra troika para entrar nas poupanças dos portugueses.
Ali Baba é um homem perigoso, rodeado de facínoras sem palavra nem ética, que não satisfeitos com aquilo que roubam aos pais, se viram agora para os filhos.
Depois de proclamarem aos quatro ventos, que o esforço deve ser recompensado, que as crianças e os jovens têm de ser estimulados no seu percurso académico... fazem isto.
Deixam os miúdos sonhar com o prémio que lhes foi prometido, muitos deles de certeza orgulhosos pelo primeiro dinheiro ganho com o seu esforço e quase sem aviso prévio obrigam-nos a distribuir o que conseguiram, para cumprir a sua miserável política de esmolas e de desmembramento da escola pública.
Isto é um nojo, talvez do pior que já se tenha feito no nosso triste país.
Inventou-se um novo conceito que começa a ser incutido desde o banco das escolas: A solidariedade à força!
Tenho que admitir que depois de mais esta, se fosse um jovem, emigraria de certeza! Ou então dava-lhes solidariamente com um pau de marmeleiro pelo lombo, ou as duas coisas.
É uma indignidade! Um roubo miserável um atentado ao carácter dos nossos miúdos!

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