terça-feira, 6 de setembro de 2011
Os Tangas da Buenos Aires
Há que dizer que quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele, se um cidadão se sente impreparado para desempenhar um cargo público, não deve fazê-lo. Ao contrariar esta regra do mais elementar bom senso, pode ser condenado por três coisas:
1ª- Estupidez; por não ter a mínima noção das exigências do cargo, avança e dá com os burrinhos na água, porque não consegue avaliar o seu desempenho, insiste na asneira e só pára quando até mesmo para a sua diminuta inteligência o desastre se torna óbvio.
2ª- Estultícia; aqui a aventesma é tão estúpida como a do primeiro exemplo, mas alia a essa limitação congénita, a vaidade dos bacocos. Representa um perigo bem maior, porque incapaz de dar o braço a torcer, prolonga o erro muito para além da catástrofe.
3ª- Desonestidade; é de longe o mais perigoso dos três espécimes, Sabe muito bem ao que vai e porque vai, tem objectivos definidos e, ardilosamente provoca o caos, como se fosse estúpido ou estulto, mas sabendo á partida que qualquer situação de ruína lhe trará dividendos.
Trago isto à colação porque li algures que o ex primeiro ministro islandês começa hoje a ser julgado, depois de ter sido considerado um dos responsáveis, devido à sua má governação, pela crise económica que assolou este país nórdico.
Por cá, no bananal, temos como Presidente da República um homem, que além de se ter rodeado enquanto primeiro ministro, por uma corja de corruptos; veja-se o caso BPN, a Lusoponte, resolveu ainda dar precedente ao vê se te avias que são as ppps e que, mais recentemente, viu a sua máscara de impoluto esfumar-se nas últimas presidenciais, um homem que exerce a sua magistratura de forma mais que duvidosa... basta recordarmos o célebre caso das escutas, ou o estatuto dos Açores, ou a arrepiante falta de espinha perante o discurso insultuoso do presidente da república Checa. Mas, dizia eu que esse senhor, foi quem a troco de verbas comunitárias acabou com o tecido produtivo nacional, desde a metalo-mecânica às pescas, à agricultura, que apostou no cimento e no asfalto e que com a sua política de sinecuras permitiu entre outras coroas de glória que o Vale do Ave se transformasse em meia dúzia de anos no espaço europeu com mais Ferraris por habitante... isto diz tudo acerca da gestão do cavalheiro
Tivemos também na opereta um primeiro ministro do tipo mentiroso compulsivo que entre outros dislates e enquanto levava o povo à ruína, se vangloriava de ser considerado um dos dez homens mais sexy do mundo, isto enquanto definição de estultícia é mais do que suficiente para figurar em qualquer manual escolar.
Agora temos um líder que passa férias em Manta Rota para a comunicação social ver, e se rodeia de jogadores de monopólio, que confundem seres humanos com peças de tabuleiro e mentem com quantos dentes têm, como aliás mente o seu chefe, mesmo quando não está em Manta Rota.
Seria interessante fazer a experiência levada a cabo na Islândia. Poderíamos por exemplo começar por uma auditoria à dívida, coisa que nenhum deles quer, vá-se lá saber porquê e, depois em função das conclusões, poderíamos proporcionar-lhes uma reforma tranquila num qualquer resort junto ao mar... Peniche por exemplo, ou S. Julião da Barra, ou até mesmo o Tarrafal, acompanhados por aquele senhor que já se encontra em Cabo Verde a gozar dos rendimentos com aquilo que nos roubou.
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