terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ditamole - A Ficção Paralamentar



Quero dizer aqui uma coisita simples, uma confissão, um desabafo, o que lhe quiserem chamar.
Esta história da democracia, que os comensais anafados da liberdade dos outros, afirmam ser o menor dos males no que à participação popular diz respeito, é uma grande tanga! Uma falácia! Um mito!
“ A minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros”. Então a liberdade é distribuída a retalho? Todos temos uma parcela só nossa? Neste quadro, tenho de me sujeitar ao facto de alguns terem uma parcela muito maior do que a minha? Caso não concorde, para afirmar a minha liberdade tenho de invadir a dos outros? Não me parece.
“Em democracia, a maioria decide.” Mas que maioria? O que é isso da maioria?
Mesmo que essa maioria existisse e não existe, existem múltiplas maiorias ocasionais, algumas delas altamente improváveis, (por isso inventaram os referendos) como é que ela poderia sustentar em cada momento a sua própria existência? Constituindo um banco de liberdade, em que os cidadãos periodicamente depositassem numa caixa, a prazo, os seus títulos de liberdade individual? Mas nesse caso a liberdade deixaria de ser individual, não começaria nem acabaria na liberdade dos outros… aliás nem seria liberdade, seria um endossamento da mesma à maioria. E depois? Como decidiria a maioria? Atribuiria o poder de decisão a alguns cidadãos mandatados para isso? É uma decisão bastante cruel e que vai contra a essência deste tipo de liberdade, já que sobreporia o interesse da maioria à liberdade desses cidadãos decidirem por si. Contradição insanável.
Por outro lado, sendo a liberdade distribuída de forma pouco transparente e desigual, o que garante que a maioria não seja apenas expressão da vontade daqueles que têm uma liberdade maior? Nesse caso os titulares de pequenas liberdades ver-se-iam excluídos do poder… se partirmos do princípio que eles são em maior número, este tipo de representatividade não funciona.
Enfim, não sei muito bem o que quer dizer essa história da democracia… parece-me mais uma forma de arrebanhar a liberdade de todos e beneficiar apenas alguns… às tantas os mesmo que beneficiariam com uma ditadura.
Proponho por isso que se altere o nome de democracia para ditamole.

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