Eu cá gosto muito de férias! Também gosto de mousse de chocolate, de Cesário Verde, do Esfinge Gorda, de canetas de tinta permanente, de árvores bizarras como o dragoeiro e da transição do românico para o gótico, cuja contemplação vale neste momento três euros e meio a preços de Évora.
Gosto de gente decidida que sabe o que quer e que passa por cima do que os outros não querem como se nada fosse.
Gosto de literatura de cordel, gosto mesmo! Gosto de bandas marciais e da genuinidade destas manifestações culturais.
Gosto de pessoas enquanto pessoas, não gosto da diluição a que o conceito de gente as submete.
Não gosto de democracia! A democracia é um redutor de liberdade adquirido nos parlamentos burgueses, uma coisa do séc. XIX, caduca.
A democracia é a uniformização, o mundo sem cor uma matiz desinteressante de cinzentos entre o preto e o branco…
Prefiro a Geocracia, das algas às baleias brancas, tudo em movimento perpétuo e descontínuo.
Abaixo os códices!
Gosto de Santo Agostinho não do de Hipona mas daquele que vai de férias em Agosto e suporta estoicamente as intermináveis filas de lata que pespontilham o asfalto e olé.
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