domingo, 23 de outubro de 2011

já chega


Um banco é um negócio.
Emprestar dinheiro um eufemismo.
Eles compram dinheiro barato e vendem-no caro. É disso que vivem, o resto é conversa.
Estão à toa com a Grécia porque foram buscar dinheiro a 1% e venderam-no n vezes mais caro.
Agora que se avoluma a hipótese de incumprimento arrancam os cabelos, rasgam as vestes e dizem que não, que não pode ser, que assim o seu negócio privado irá à falência, que o Sol deixará de nascer, o mundo de girar e que as gentes passarão a uivar, os lobos a miar, os leões comerão alface e os grilos esses, perderão as asas como as avestruzes e enfiarão a cabeça no buraco cósmico e não voltarão jamais.
Por que carga de água será um banco privado mais importante que a mercearia da minha rua? Porque passarão impunes os seus crimes, os seus desvios,a sua falta de ética e os do latoeiro não?
Quanto do nosso futuro entregamos já nas mãos de semelhante gente?
Juram-nos que não há alternativa, que sem eles não haverá salário, nem reforma nem farinha, nem pão; alguém acredita nisto?
Com eles haverá salário e reforma e pão? Haverá esperança para os nossos filhos?
Agora que lhes cheiro o medo percebo as suas fraquezas e sei e vejo claramente visto que não são as nossas.
Sempre edificaram no nada, castelos de nuvens, ventos, fogos fátuos e nós na cegueira que nos foi imposta, imaginamos e construímos e confiamos e abdicamos.
Agora que tal mudar?

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