Um desabafo devido há muito.
Tempo suficiente para perceber as sinuosas curvas da vontade, ou da falta dela.
De qualquer maneira, nada existe que me tolha o desabafo, mesmo que ele, com a distância, se tenha alheado da exactidão da memória para vestir as roupas mais coloridas que as recordações transportam.
Já cá estou há anos e anos, tempos infindos para quem do lado de fora observa as coisas minúsculas que compõem uma existência e entanto… um fôlego apenas para o trolha que alinha tijolo a tijolo essa construção efémera.
A vida é gasta sem tempo, existe-se e pronto. O tempo é a referência passiva do espectador, contar uma história é criar um tempo nos outros...
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