segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Finanças e fé


A propósito do sr. Ministro de Estado e das Finanças.
Já reparei, também..com a idade que tenho...que em Portugal são muito apreciados como Ministros, em particular, ministros das finanças, ou, como se dizia no meu tempo, da fazenda, os mestre-escola.
Suponho que é mania portuguesa. Gostam deste, já gostaram do anterior, adoraram um que se chamava Aníbal. Enfim...para não falar dos outros..o sr. conselheiro Hintze Ribeiro, açoriano, sempre hirto na sua sobrecasaca.
Ou do João, do Xuão, como chistosamente lhe chamavam os seus inimigos políticos.
Ah.. e alguns gostaram muito de um António que por lá ficou um ror de tempo.
É mania vossa.
O novo tem de aprender algumas coisas.
Em primeiro lugar, um ministro de estado, ou de sua majestade, não veste fatos dois números acima. Qualquer ministro da república italiana sabe isto! Que raio! Pode se ser corrupto. Mas pior do que isso, é não vestir um fato e uma gravata decentes!
Em segundo lugar, não se usam camisas de riscas com gravatas de bolas!
E em terceiro lugar, tenta-se acertar o predicado e sujeito nalgumas frases.
E por último, ou se é ministro de estado e das finanças da República Portuguesa, ou se é funcionário do BCE.
O sr. é com toda a certeza, um cavalheiro estimável. Tratados estes pormenores, dará um excelente ministro, estou certo.
O pior é que é um idealista. Acredita piamente numa estranha forma de ocultismo chamado economia. Ao que parece, segundo estes místicos, se os pobres ficarem mais pobres e os mais ricos,mais ricos ainda, o mercado atingirá o equilíbrio.
Parece que este tal mercado é o seu deus, uma espécie de Yavé, ou Deus ou Alá...ou o Maradona.
Com estes loucos é preciso cuidado. Um idealista com uma metralhadora é o pior dos perigos..dispara sempre pelos melhores motivos.
Um cavalheiro estimável, por certo. Não fosse a estranha religião que professa e que vai impor aos outros.Pelos melhores motivos, claro está.

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