De início limitei-me a achar piada ao cartaz, achei-o muito bem concebido, apelativo, bem esgalhado, está lá tudo.
Mas depois, pus-me a remoer, a remoer, e, fez-se luz.
Lembrei-me logo do célebre slogan que rezava - beber vinho é dar de comer a milhões de portugueses.
Curto e grosso, como o regime da outra senhora.
Agora a coisa fia mais fino. Não imagino coisa mais fascistóide do que privatizar a água; por que não o ar?
Como se não consegue secar a fonte, encarece-se o produto. Sabemos bem que ficando a água mais cara que o vinho, não significa que este seja acessível.
É que se para estes senhores o vinho continua a dar de comer a milhões de portugueses, a água pode muito bem enriquecer meia dúzia deles e pelo caminho privatizam-se os correios e assim tornam-se menos audíveis as queixas.
De facto o cartaz é muito mais do que à primeira vista possa parecer…
É um grito!
Isto tudo em Montemor-o-Novo.
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