quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Destruição do Templo


A coisa até é mais simples do que parece.
Os pais servem para serem comidos pelos filhos, digeridos e depois cagados.
São referências; os filhos retiram deles os valores ou rejeitam-nos. Sempre foi assim e não me venham com tretas de família judaico cristã. É assim em todo o reino animal, de alto a baixo de cabo a rabo.
Numa sociedade em que o valor maior é a ausência de valores, em que se endeusa nem tanto a posse, mas o consumo e um consumo patológico em que o que conta não é mais a utilidade do objecto, mas tudo o que nele é acessório, como a marca, a actualidade, a visibilidade que confere a quem o possui. Numa sociedade deste tipo, do efémero e do acessório, a paz só subsiste se houver abundância e meios para que todos em determinado momento possam adquirir o que lhes é proposto.
Se algo falha, sem valores e sem a aprendizagem (muitas vezes frustrante) que eles impõem, os despojados reagem indo buscar o que lhes falta onde está disponível...
É fácil culpar, mais complicado é assumir culpas próprias. Recordo-me das senhoras WAP (white american protestants) que em tempos idos, destruíam bares e casa de jogo para resgatar a culpa dos seus amados esposos.
Revoltavam-se a partir do templo e eram aclamadas. Agora nesta sociedade de consumo os putos destroem os próprios templos, se calhar por isso são condenados, a hipocrisia dos presbíteros não tem limites.

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