Este post foi escrito por um furúnculo o Camilo dos Moínhos, homem bom e avesso às novas tecnologias, julga ele... o próximo já terá a sua assinatura por baixo.
Esta Europa é que é um lixo, isso sim. Em tempo de crise, num momento em que podia afirmar-se pela solidariedade entre os estados membros, temos um autêntico vê se te avias, com os grandes a aproveitarem-se da debilidade (em vários sentidos) dos pequenos. “Não souberam gerir o dinheiro que vos demos. Um fartar vilanagem!” Pois. Certo é que a UE não podia deixar de saber do regabofe que por aqui ia, mas deixou andar. Essa é que essa. Mas o mais vergonhoso nisto tudo é a atitude sabuja de Portugal. Quando a Grécia foi atacada pelas agências de rating, faltou uma voz solidária, muito embora fosse óbvio que a seguir íamos nós. Era ouvi-los: “Nós não somos a Grécia. Temos dificuldades mas pagamos”. Pobrezinhos mas honrados. Só quando as agências nos chamaram lixo é que houve reacção. Indignada. “Lixo, nós?” A verdade é que ele é a Irlanda, ele é a Grécia, ele é Portugal. A seguir podem vir a Espanha e a Itália. Unidos… Esses países podiam tentar uma resposta audível. Mas não. Entretanto, enquanto o desvario do capitalismo vai conduzindo o mundo para um beco, as agências de rating prosseguem, imperturbáveis, a sua acção.
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